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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Mãe......

Olá meninas.....
Realmente sumi....como relatei passei uma fase super difícil...não foi fácil.....Não tinha coragem de escrever, de falar no assunto....
Meu desejo de ser mãe ainda continua forte....minhas chances são mínimas, além da idade , tem o lado financeiro....
Há quase uma ano, comecei escrever esse blog....para ajudar mulheres como eu....fico feliz em poder ajudar de alguma forma......
O dia das mães está chegando....sintam-se abraçadas, pois o desejo de ser mãe, nos torna mãe tb....
grande beijo.....

terça-feira, 23 de outubro de 2012

RETORNO....

Amadas, desculpe pelo sumiço...precisei dar um tempo...literalmente quase pirei....casamento balançou...depressão deu sinais....enfim....
Estou me reerguendo....logo logo posto alguns artigos que encontrei, super interessantes...
grande bj, fiquem com Deus....

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

IDADE DA MULHER AINDA É A PRINCIPAL CAUSA DA INFERTILIDADE ENTRE OS CASAIS....

Olá, meninas...mais uma matéria super interessante sobre fertilidade, espero que gostem...

bjus
Iracema

 

Idade da mulher ainda é a principal causa da infertilidade entre os casais



A preservação da fertilidade começa pelo prato.

Ao chegar à idade fértil, uma mulher possui apenas 300 mil óvulos capazes de serem fecundados

Quando se fala em fertilidade, o relógio biológico exerce um papel implacável. Quanto mais uma pessoa envelhece, maior a redução de sua capacidade de reprodução. Isso é ainda mais evidente no caso das mulheres que, por mais joviais que possam parecer atualmente, nascem com um número predeterminado de óvulos.

Ao chegar à idade fértil, uma mulher possui apenas 300 mil óvulos capazes de serem fecundados. Segundo esse processo contínuo e normal, após os 35 anos o número de óvulos terá diminuído. Assim, para evitar uma surpresa desagradável, elas precisam ser alertadas que o ideal seria engravidar até os 34 anos.

"Mulheres que adiam a gestação para priorizar a carreira e a estabilidade financeira buscam o seu primeiro filho em uma idade superior à ideal, ou seja, próximo aos 40 anos", afirma Arnaldo Cambiaghi, especialista em reprodução humana do IPGO (Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia).

O médico ressalta que, atualmente, a cada seis gestantes atendidas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, uma tem mais de 35 anos. Já no Laboratório Fleury, em São Paulo, 35% das gestantes têm mais de 35 anos e 15% mais de 40, segundo publicação na Revista "Fleury - Saúde em dia". No IPGO as mulheres maduras já representam até 60% dos casais que buscam ter seu primeiro filho.  

 Mario Cavagna, diretor da Divisão de Reprodução Humana do Hospital Pérola Byington, de São Paulo, é mais enfático: “A partir dos 38 ou 40 anos, a capacidade reprodutiva das mulheres cai drasticamente. Do ponto de vista biológico, e não social, o ideal é que a primeira gravidez ocorra até os 25 anos”.

Deste modo, a prática do congelamento de óvulos e espermatozoides, assim como as pesquisas com as células tronco, vêm se mostrando caminhos promissores para vencer os efeitos do tempo.  E, ao contrário do que muitos pensam, após congelados, eles não têm um prazo de validade.

A alimentação também influencia

Além de ficar atenta ao relógio biológico, uma alimentação balanceada, a prática moderada de exercícios e a prevenção de doenças que afetam os órgãos reprodutores, além de ter a sorte de uma boa herança genética, são fundamentais para realizar o sonho de ter filhos. 

A preservação da fertilidade começa pelo prato. “A dieta conhecida como mediterrânea, com alto consumo de ômega 3, encontrado em peixes de água fria como salmão e sardinha, além de nozes e ervilhas, por exemplo, contribui para isso”, afirma Cambiaghi.

“Já homens que comem muita carne ou consomem muito leite podem apresentar perda de fertilidade porque são afetados pelo alto nível de hormônios destes alimentos. O grande consumo de gordura também pode atrapalhar”, acrescenta o médico, que em breve lançará um livro sobre a influência da alimentação na fertilidade.

Drogas e doenças

A fertilidade de homens e mulheres também depende tanto da natureza quanto da qualidade de vida. O fumo, o álcool e as drogas são grandes vilões, bem como as doenças sexualmente transmissíveis (DST).

O hábito de fumar e o consumo de álcool e de drogas atingem tanto o sistema reprodutor masculino quanto feminino. Nos homens, alteram a concentração, o formato e a mobilidade dos espermatozoides, segundo Cambiaghi. Nas mulheres, afetam a qualidade dos óvulos.

Neste campo, a prática de exercícios físicos precisa ser moderada. A alta intensidade da prática esportiva interfere na ovulação e reduz a produção de espermatozoides. Porém, estes problemas são reversíveis.

Já as doenças que atingem o sistema reprodutor estão entre as principais causas da infertilidade, com destaque para a endometriose, presente em 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva no mundo. Originada pela presença do tecido uterino, o endométrio, fora do útero,  a patologia é um dos fatores mais importantes no impedimento da gravidez.

“Algumas mulheres com endometriose conseguem engravidar, mas, em geral, a doença compromete a qualidade do embrião e o ambiente do útero”, diz Cavagna.

As DST também são perigosas: chegam a responder por  25% das causas de infertilidade. Aqui, a prevenção é essencial, bem como o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, segundo os especialistas.   

Entre os mitos mais populares sobre os inimigos da fertilidade estão o uso de notebooks no colo e de celulares no bolso ou na cintura. De acordo com Cavagna, não há estudos que comprovem estes danos. Porém, ele mesmo confessa que não tem esses hábitos. Prevenir é sempre melhor!

Fonte: Portal Tri - RS - ECONOMIA - 08/08/2012

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O QUE É HISTEROSCOPIA....

Olá Meninas, não estou sumida...rsrsrs
Achei esta matéria sobre histeroscopia, mto interessante, lembrando que  mtos médicos acham que se fizer a Histeroscopia antes da Fiv, ajuda na implantação do embrião.....Vamos tentar....grande bj....

A histeroscopia diagnóstica é um exame realizado para observar a cavidade uterina e o canal cervical. Permite o diagnóstico de patologias intrauterinas e serve como método para intervenção cirúrgica.
 Através da vídeo-histeroscopia, introduz-se pela vagina uma fina óptica no canal uterino, que leva luz ao seu interior, bem como um gás (gás carbônico) para distendê-la, tudo controlado pelo histeroflator automático que oferece proteção e segurança quanto à absorção de gás carbônico pela paciente. A essa ótica acopla-se uma micro câmera, que leva a imagem até um monitor de TV permitindo assim a visualização do canal cervical com uma nitidez magnífica e as patologias existentes neste local. Após o exame a paciente poderá retornar às suas atividades cotidianas normais. Todos os exames são fotografados.
Indicações diagnósticas:
  • Infertilidade.
  • Abortamento habitual.
  • Sangramento uterino anormal.
  • Pólipos.
  • Miomas.
  • Aderências.
  • Espessamento do endométrio.
  • Adenocarcinoma do endométrio.
A histeroscopia apresenta menos de 1% de complicações cirúrgicas. Indicações Cirúrgicas:
  • Retirada de miomas
  • Retirada de pólipos.
  • Retirada de sinéquias (cicatrizes) ou de septos (alteração congênita).
  • Ablação do Endométrio (alternativa à histerectomia) para diminuição de hemorragias.
  • Remoção de corpo estranho.
  • Biópsia dirigida.
  • Cateterização tubária.
A realização de investigações e diagnósticos é ambulatorial e não requer internação. As histeroscopias cirúrgicas são feitas sem incisões ou cortes, em ambiente hospitalar, com internação de, no máximo, 24 horas.
Mais informações no site da Fertivitro: www.fertivitro.com.br






segunda-feira, 27 de agosto de 2012

TRATAMENTO DA TROMBOFILIA PODE AUMENTAR AS CHANCES DE GRAVIDEZ....

Meninas, mas uma matéria sobre TROMBOFILIA, espero que as auxilie....bjus

Embora a ligação entre a trombofilia e problemas de fertilidade ainda seja considerada incerta no mundo científico, o tratamento da doença costuma melhorar as chances de a mulher ter uma gravidez de sucesso
A trombofilia é uma doença relacionada à coagulação do sangue que pode ter influência na fertilidade. Embora a ligação ainda seja considerada incerta no mundo científico, o tratamento da doença costuma melhorar as chances de a mulher ter uma gravidez de sucesso.

Trombofilia é a propensão a desenvolver trombose, ou seja, coágulos no sangue. Esses coágulos podem obstruir as veias sanguíneas e, nos casos mais graves, podem estar associadas à embolia pulmonar ou cerebral e infarto.

A doença também estaria relacionada à dificuldade de implantação de embrião ou abortos de repetição. Os coágulos podem diminuir o fluxo sanguíneo e, consequentemente, a oxigenação dos tecidos, o que é fundamental tanto para que o embrião se fixe no útero, quanto para o seu desenvolvimento. "O sangue é que nutre o bebê. Se ele não chega ao bebê, ele não se desenvolve", diz Arnaldo Cambiaghi, diretor do Centro de Reprodução Humana do Instituto Paulista de Ginecologia, Obstetrícia e Medicina da Reprodução, de São Paulo.

Essa teoria não é plenamente aceita entre os médicos especialistas em fertilidade. "Existem controversas quanto à real interferência da trombofilia. Recentemente, no congresso europeu de reprodução humana, neste ano em Istambul, o assunto foi debatido em diversas mesas e não houve um consenso da indicação da trombofilia como causa", afirma o médico. Não há estudos definitivos que comprovem a relação direta.

Ainda assim, o médico afirma que o tratamento da doença costuma ter resultados positivos para a gravidez. "Pacientes que têm trombofilia e se tratam têm uma gestação normal. O efeito pode ser bloqueado por meio do medicamento", comenta Arnaldo. O tratamento é feito com uso de anticoagulantes, como a aspirina infantil, ou, nos casos mais graves, a heparina. "Numa linguagem popular, ele vai 'afinar' o sangue", diz o médico. O sangue mais "fino" facilita a circulação.

Embora a relação não seja comprovada, Arnaldo recomenda o uso dos medicamentos em pacientes que tenham histórico ou indícios de trombofilia, ou que tenham passado por abortos recorrentes ou falhas de implantação. "Na minha experiência clínica, a taxa de gravidez aumenta em 30%. Os abortamentos são evitados, quando relacionados a essa doença, em 80% das vezes", conta ele. E o remédio não traz maiores riscos. "Por isso, na dúvida, eu trato", afirma.

Causas e diagnóstico
A trombofilia pode ser tanto hereditária, quanto adquirida. No segundo caso, obesidade, tabagismo, diabetes, pressão alta e mesmo uso de anticoncepcionais são tidos como fatores de risco.

A doença pode se manifestar em diversas partes do corpo. Alguns dos sintomas da formação de coágulos nas pernas são inchaço, dor, vermelhidão e calor. A trombofilia associada a problemas de gravidez, no entanto, muitas vezes é assintomática, o que dificulta o diagnóstico.

Ele costuma ser feito quando há antecedência familiar ou abortos repetidos. A doença não é detectada em exames de sangue corriqueiros, apenas em específicos.
 


 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

2.000!!!!!!!



OLÁ MENINAS, ESTOU MTO, MAS MTO FELIZ...
CHEGAMOS À 2.000 VISUALIZAÇÕES, GOSTARIA DE AGRADECER A TODAS QUE PARTICIPAM, QUE ACOMPANHAM O MEU BLOG, COMO EU JA DISSE, NO COMEÇO FOI UMA MANEIRA DE EU DESABAFAR, MAS DEPOIS, VI QUE PODIA AJUDAR MTAS MULHERES, QUE COMO EU, FICAM PERDIDAS, SEM DIREÇÃO...TUDO O QUE FAÇO AQUI, É COM MTO CARINHO, PARA TODAS VCS.....GRANDE BJ.....
                                 
                                                  IRACEMA

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

EXAMES QUE MELHORAM OS RESULTADOS DOS TRATAMENTOS DE INFERTILIDADE.....

Meninas, mas uma matéria super interessante que quero dividir com vcs....espero que gostem e que as ajudem....

A vídeo-histeroscopia e a biópsia do endométrio melhoram os resultados dos tratamentos de infertilidade

“Endometrial Scratching”- Células NK- Endometrite


Aavaliação da cavidade uterina é recomendada nos tratamentos de infertilidade, principalmente antes dos programas de fertilização in vitro, pois ajuda a afastar alterações como pólipos, miomas, septos ou aderências que podem impedir a implantação dos embriões. O melhor exame para essa investigação é a vídeo-histeroscopia (visualização da cavidade uterina por um endoscópio), que, além de diagnosticar as alterações citadas, pode, por uma biópsia, identificar outros problemas que podem prejudicar o processo de colocação de embriões. O próprio ato da biópsia do endométrio pode, por si, melhorar a chance de implantação bem-sucedida (como será explicado a seguir), mas permite ainda outros diagnósticos como a endometrite e as células NK. A biópsia de endométrio é um procedimento minimamente invasivo, que dura cerca de 10 minutos e geralmente é indicado para diagnóstico de infertilidade ou de câncer. A técnica pode ser usada também para tentar aumentar taxas de gravidez, e há várias razões para que ela seja indicada. É realizada ao final do exame de vídeo-histeroscopia diagnóstica, por técnica indolor e com uma cânula especial idealizada no IPGO. Essa cânula é inserida pelo interior do próprio instrumento, sem tocar a paciente, até próximo ao fundo uterino. Cria-se, então, uma sucção com um êmbolo e, em seguida, com um movimento suave, rotatório e para trás num raio de 2-3 cm dentro da cavidade, mas sem se aproximar do colo uterino, retira-se o material endometrial para ser encaminhado para análise.
Referências:
1. Cambiaghi, A.S., Castelotti, D.S – TRIFUNART (Triple Function Assisted Reproductive Tecnology) Cannula – Hysterometry, Endometrial aspiration and biopsy – A new tool for routine office use,  Instituto Paulista de Ginecologia, Obstetricia e Medicina da Reproducão, São Paulo – SP, Brazil American Society for Reproductive Medicine (ASRM) 62nd Annual Conference,  New Orleans, Louisanna, October 21-25, 2006;
2. Bosteels, Jan, Weyer, S., Puttermans, P., Panayotidis, C., Van Handerdael, B., Gomel, V., Mol, B., Mathieu, C., D’Hooghe, T. – The effectiveness of hysteroscopy in improving pregnancy rates in subfertile womem without other gynaecological syntoms: a systematic review – Human Reproduction Update, Vol.16, nº1 pp. 1-11, 2010.
Raspado Endometrial (“endometrial scratching”) melhora os resultados de Fertilização in vitro
O raspado endometrial ou biópsia do endométrio, antes do início do tratamento de fertilização, pode ser uma boa alternativa para melhorar as taxas de gravidez.
Dois estudos realizados em 2003 e 2007 demonstraram o aumento do sucesso desse tratamento quando uma biópsia endometrial foi realizada no ciclo menstrual anterior ao início da indução da ovulação. O primeiro estudo, realizado por Barash em Israel no ano de 2003, avaliou 134 pacientes que não tiveram sucesso de gravidez em tratamentos de fertilização anteriores. Dessas mulheres, 45 (grupo A) foram submetidas à biópsia do endométrio. As outras 89 (grupo B) não realizaram esse procedimento. O resultado final demonstrou uma taxa de gravidez superior para aquelas que se submeteram ao procedimento: 66,7% para o grupo A contra 30,5% para o grupo B.
O segundo estudo, realizado em 2007, também em Israel, por Anich Raziel, foi semelhante e confirmou essa vantagem, embora não com a mesma intensidade. Pacientes que realizaram biópsia de endométrio previamente à fertilização tiveram taxa de gravidez de 30%, enquanto as que não realizaram o procedimento, somente 12%.
A justificativa dos resultados: Segundo essas publicações, a razão dos melhores resultados a favor da biópsia endometrial baseia-se em experimentos realizados em animais há muitos anos. Esses estudos demonstraram que o trauma endometrial melhorara as chances de gravidez. A explicação seria a produção de histamina e citocinas liberadas após a biópsia, as quais favoreceram a implantação dos embriões (blastocistos).
Conclui-se que o raspado endometrial que antecede a fertilização in vitro é um procedimento seguro e eficiente e pode ser uma oportunidade única quando realizada durante a vídeo-histeroscopia. Embora os estudos anteriores indiquem a realização de mais de uma biópsia, acredito que esse procedimento pode ser feito uma única vez, já que nem sempre são necessárias repetidas intervenções.
Assim, a vídeo-histeroscopia com biópsia única, que deve ser feita entre o 21° e o 26° dia do ciclo, é recomendada com mais dois objetivos:
1) Coleta de material endometrial por pesquisa de células NK (CD56 e CD16);
2) Coleta de material endometrial por pesquisa de endometrite (Plasmócitos – CD 138).
Referências:
1. Barash A, Dekel N, Fieldust S, Segal I, Schechtman E, Granot I. Local injury to the endometrium doubles the incidence of successful pregnancies in patients undergoing in vitro fertilization. FertilSteril 2003;79: 1317–22;
2. Raziel A, Schachter M, Strassburger D, Bern O, Ron-El R, Friedler S. Favorable influence of local injury to the endometrium in intracytoplasmic sperm injection patients with high-order implantation failure. FertilSteril 2007;87:198–201.
Células NK no útero podem causar infertilidade e abortos (CD56+ e CD16+)
As células mais comuns do sistema imunológico na cavidade uterina no momento da implantação do embrião e no início da gestação são as células NK, que têm demonstrado um importante papel em problemas reprodutivos. São encontradas no sangue e no endométrio (interior do útero). Estas duas letras maiúsculas (NK) são a abreviatura em inglês de “Natural Killer”, que significa em português “Assassinas Naturais”. Essas células recebem também outra denominação, CD56 ou CD16 (Cluster of Differentiation), de acordo com o marcador de diferenciação que carregam. Muitos estudos demonstram o aumento delas em pacientes com histórico de abortos (Quenby e Cols., 1999; e Zenclussen e Cols., 2001) e falhas de implantação de embriões, tanto na gravidez natural como nos tratamentos de fertilização (Tuckerman e Cols., 2010). Esses autores pesquisaram as células NK no útero no período após a ovulação e antes da menstruação, pois é nessa fase que ocorre a gravidez. Os estudos demonstraram que as células NK têm maior proporção no endométrio em pacientes com abortos de repetição e em tratamentos de fertilização sem sucesso. No trabalho de Quenby, as mulheres com aborto (22 pacientes) apresentaram 9% de células NK, em média, enquanto o grupo controle (9 pacientes) teve 4,7% (p=0,01). No de Tuckerman, foram analisadas 87 pacientes com abortos e 10 sem abortos, com 11,2% de células NK constatados nas com aborto e 6,2% no controle, sem abortos (p=0,013). Em outro estudo, este mesmo autor investigou um grupo de 40 mulheres que tiveram falhas repetidas de implantação embrionária em ciclos de fertilização in vitro e comparou com um grupo controle de 15 mulheres “normais” (férteis). No resultado, observou que a concentração de células CD56+ no endométrio de pacientes com falha de FIV foi de em média 14,5%, enquanto no controle, 5% (p=0.005).
Embora esses números não possam predizer o sucesso da próxima gestação quando for seguida de tratamento, essa avaliação pode ser importante para assegurar maior chance de resultados positivos. O principal efeito das células NK é a ação tóxica que possuem. É esta citotoxicidade que impede o desenvolvimento dos embriões. Embora as células NK estejam presentes no sangue e no útero, elas diferem na proporção nessas regiões. O antígeno CD16 é praticamente inexistente no endométrio. A origem dessas células no útero é controversa, mas muitos acreditam que elas sejam originadas do sangue. Existem ainda outros estudos que relatam o aumento das NK como causa de miomas (Kitaya e Yasuo, 2010), restrição de crescimento do bebê no período que ainda estiverem no útero e a pré-eclâmpsia, esta última corretamente chamada de toxemia gravídica (Willians e Cols., 2009). Essas alterações podem ser a chave da compreensão das tentativas frustradas de se ter um bebê. O material pode ser colhido por biópsia durante uma histeroscopia realizada no período após a ovulação e encaminhada para análise pela técnica imuno-histoquímica.
Referências:
1. A.W. Tang, Z. Alfirevic, and S. Quenby – Natural killer cells and pregnancy outcomes in women with recurrent miscarriage and infertility: a systematic review Hum. Reprod. Advance Access published May 25, 2011 Human Reproduction, Vol.0, No.0 pp. 1–10, 2011;
2. R. RayAllo – Immunity and recurrent pregnancy loss, The 4thInternacional IVI Congress, April 7-9, 2011, Valencia-Espanha;
3. Tuckerman E, Laird SM, Prakash A, Li TC. – Prognostic value of the measurement of uterine natural killer cells in the endometrium of women with recurrent miscarriage. Hum Reprod2007; 22:2208–2213;
4. Tuckerman E, Mariee N, Prakash A, Li TC, Laird S. – Uterine natural killer cells in peri-implantation endometrium from women with repeated implantation failure after IVF.J Reprod Immunol. 2010 Dec;87(1-2):60-6. Epub 2010 Aug 30;
5. Putowski L, Darmochwal-Kolarz D, Rolinski J, Oleszczuk J, Jakowicki J. The immunological profile of infertile women after repeated IVF failure(preliminary study). Eur J ObstetGynecolReprodBiol2004;112:192–196.
Endometrite  (Plasmócitos – CD 138)
A endometrite tem sido observada em 15% das mulheres que realizam histeroscopia diagnóstica antes do tratamento de fertilização in vitro (Feghali e Cols., 2003) e até em 42% das mulheres que tiveram falhas nesse tratamento. Por isso, o diagnóstico de endometrite tem sido associado a infertilidade, abortos repetidos, parto prematuro e falhas de implantação nos tratamentos de fertilização (Devi Wold e Cols., 2006). A endometrite pode ser causada por bactérias e outros micro-organismos, mas na maioria das vezes não é possível isolar o agente causador da infecção, e o paciente sequer apresenta sintomas que apontam para essa possibilidade. A endometrite pode levar a sintomas discretos, como o corrimento vaginal, dores pélvicas leves ou sangramento vaginal irregular, mas geralmente é assintomática (Polisseni F. e Cols., 2003; DeviWold e Cols., 2006). Ainda assim, pode produzir toxinas (endotoxinas) que causam danos ao embrião e ao processo de implantação. A biópsia do endométrio é o melhor método para que se tenha esse diagnóstico, e pode ser realizada durante a vídeo-histeroscopia indicada antes do início do tratamento de infertilidade, seguida da análise do material pelo médico patologista que identificará, pela técnica imuno-histoquímica, a presença do marcador CD 138 (ou Syndecan-1) no interior do endométrio (estroma), o que indica a presença de células inflamatórias chamadas Plasmócitos. Quando o agente causador não for identificado, o tratamento é feito de modo empírico, com antibióticos de amplo espectro.
Referências
1. MousaviFatemi, Biljana, Linda Ameryckx, Claire Bourgain, Ph.D., Bart Fauser, and Paul Devroey, In vitro fertilization pregnancy in a patient with provenchronic endometritis Human Fertility and Sterility_ Vol. 91, No. 4, April 2009;
2. Polisseni F, Bambirra EA, Camargos AF. Detection of chronic endometritisby diagnostic hysteroscopy in asymptomatic infertile patients. 2003GynecolObstet Invest 2003;55:205–10;
3. Devi Wold AS, Pham N, Arici A. Anatomic factors in recurrent pregnancy loss. SeminReprod Med 2006;24:25–32;
4. Feghali J, Bakar J, Mayenga JM. Systematic hysteroscopy prior to in vitro fertilization. GynecolObstetFertil 2003;31:127–31;
5. Erika B. Johnston-MacAnanny, M.D., Janice Hartnett, M.D., Lawrence L. Engmann, M.D., John C. Nulsen, M.D., M. Melinda Sanders, M.D., Claudio A. Benadiva, M.D.Chronic endometritis is a frequent finding inwomen with recurrent implantation failure afterin vitro fertilization Fertility and Sterility_ Vol. 93, No. 2, January 15, 2010;
6. Cicinelli E, De Ziegler D, Nicoletti R, Colafiglio G, Saliani N, Resta L, Rizzi D, et al. Chronic endometritis: correlation among hysteroscopic, histologic and bacteriologic findings in a prospective trial with 2190 consecutive office hysteroscopies. FertilSteril 2008;89:677–84;
7. Bayer-Garner IB, Nickell JA, Korourian S. Routine syndecan-1 immuno histochemistry aids in the diagnosis of endometritis. Arch Pathol LabMed 2004;128:1000–3;
8. Espinoza J, Erez O, Romero R. Preconceptional antibiotic treatment to prevent preterm birth in women with a previous preterm delivery. AmJ ObstetGynecol 2006;194:630–7;
9. Polisseni F, Bambirra EA, Camargos AF. Detection of chronic endometritis by diagnostic hysteroscopy in asymptomatic infertile patients. GynecolObstet Invest 2003;55:205–10;
10. Romero R, Espinoza J, Mazor M. Can endometrial infection/inflammation explain implantation failure, spontaneous abortion and preterm birth after in vitro fertilization? FertilSteril 2004;82:799–804;
11. Margalioth EJ, Ben-Chetrit A, Gal M, Eldar-Geva T. Investigation and treatment of repeated implantation failure following IVF-ET. Hum Reprod2006;21:3036–43.

Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi
Ginecologista Obstetra especialista em Reprodução Humana e Cirurgia Endoscópica